Quando penso nos
dias em que vivo,
O quanto falta para
os meus momentos finais,
Mal eu fico, de
meus pensamentos cativo,
A contar os dias,
horas minutos de meus ais.
Não sei o quanto
ainda estarei nesse mundo,
Pouco me importa o
quanto ainda falta viver,
Pouco me importa se
estou são ou moribundo,
Não sei o quando
ainda me resta sofrer.
Como num romântico
e vazio poema,
Lamento triste o
tédio do viver meus ais,
Como se eu vivesse
um real dilema,
Como se eu sofresse
dores mortais
Finjo a desgraça
que seria mui bela
Aos olhos de quem
olhar essas letras vazias,
A minha vida é
tediosa, mas não é aquela
Que eu desejo,
restam-me as minhas azias.
De sorte que canto
o vazio da vida
Boba, fútil, oca,
estéril e estranha
Vazio de tédio, da
enfadonha lida,
Cheia de ais, uis, frescuras e manha.
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